Não são poucas as vezes que deixo de vender anúncios para a revista por conta da falta de "tesão".
Digo tesão no bom sentido da palavra (também não conheço outro).
Quando entro em um estabelecimento cujo dono me atende com aquela cara desanimada, de cachorro apanhado, de perdedor, de quem está devendo os cabelos da cabeça (mesmo muitas vezes não estando), de quem não acredita em nada (nem no seu próprio negócio), de quem acha que as vendas estão de mal a pior ou até mesmo de quem realmente AINDA não acredita que deve-se fazer propaganda, seja lá do que for, sinto muito, mas o meu tesão também acaba na hora.
Mostro, falo sobre a revista, ainda tentando animá-lo (mas sem muita esperança), mas, sinceramente, não insisto. Sabe por que? Porque mesmo que o convença, a propaganda dele não terá retorno. Eu sinto isso, por isso não insisto.
Quando a pessoa é na sua essência, negativa, nada pode dar certo. Sabe o que vai acontecer se eu o colocar na minha revista? Essa carga vai pra ela (acredito nisso), ele vai me dizer que não teve retorno (como se propaganda fosse caldo-de-cana, assim, na hora), ele não vai se tornar um parceiro e o pior, no final das contas irá fazer propaganda negativa da minha revista.
Sabe, TÔ FORA!
Meus melhores parceiros tem uma aura maravilhosa e por incrível que pareça estão crescendo junto com a revista. Primeiro: acreditam no seu trabalho, acreditam neles próprios, tem objetivos, sabem o valor de uma divulgação bem feita, de uma distribuição bem feita (não é querendo me gabar, mas é) e dessa forma, naturalmente os ventos sopram à favor. É desta parceria que precisamos, de pessoas otimistas, trabalhadoras e que acreditam nos resultados de seus investimentos e na competência do seu trabalho. Isso sim, dá certo.
A revista conta apenas com 6 edições por ano, são 30mil exemplares bem distribuídos a um custo irrisório. Dizer, na primeira vez que anuncia que não teve retorno chega a ser ignorância. Se assim fosse a Coca-Cola, a Natura, a Avon, estariam "ainda" fazendo propaganda? Precisariam?
Sim, claro que sim. Precisamos lembrar aos nossos clientes que eles precisam do que oferecemos, caso contrário eles esquecem mesmo. Bem, Coca-Cola pra mim é um vício, não tenho como esquecer, mas um cremezinho novo vez por outra precisa ser lembrado. Tudo enfim precisa ser lembrado, pois a vida corre rapidamente e são muitas, muitas opções novas em nossa frente.
Agora ressalvo, prestem atenção à qualidade do serviço ou mercadoria oferecidos, o cliente pode deixar de voltar por ter sido mal atendido ou pela má qualidade do que for oferecido, seja o que for.
Costumo conferir a qualidade dos serviços de meus anunciantes, como quem não quer nada, mas sempre dou um jeitinho de "experimentar" cada um deles. Sinto que alguns ainda pecam pelo mal atendimento e assim perdem clientes. Não aidanta investir fortunas em mercadorias, em tecnologia e qualidade se as pessoas que atendem seus clientes não tem o menor preparo, simpatia ou educação. Elas colocarão tudo por água abaixo.
Deixo esse recado como alerta: prestem atenção aos seus atendentes, às pessoas que, na sua ausência, tratam com seus clientes. Elas são as mais importantes pessoas da sua empresa. Às vezes achamos que está tudo certo demais e pecamos no principal: atenção, simpatia, eficiência e eficácia.
Se o próprio dono não trabalha com tesão e alegria, imagina seus subalternos.
Olhem lá, é só um alerta. às vezes o cliente prefere ir "longe de casa" porque o perto não lhes passa confiança e muito menos corresponde às suas expectativas como clientes, que devem ser no mínimo MIMADOS, muito mimados!
Boa semana para todos.
(Taciana Valença)
