quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Em se tratando de DST, a melhor conduta é PREVENIR!

Doenças sexualmente transmissíveis (antes denominadas doenças venéreas) são males que afligem a humanidade há vários séculos. Há escritos bíblicos descrevendo a gonorréia como impureza. Na era do Renascimento, a sífilis significava “amor imundo”. Nos tempos modernos, as doenças sexualmente transmissíveis tornaram-se um problema de saúde pública que requer cuidado especial e controle rigoroso. Mais precisamente nas últimas décadas, as transformações sociais com destaque para as conquistas da mulher, os métodos anticoncepcionais, os meios de transportes e de comunicação aproximando cada vez mais as pessoas, a liberdade e a tolerância com as manifestações da sexualidade, proporcionaram mudanças no comportamento sexual e consequentemente nas doenças associadas à prática sexual.

Diante destes aspectos, a liberação sexual, a multiparceria e a atividade sexual precoce contribuem efetivamente para o aumento da incidência de DST. Porém, aconselhamento sobre uma qualidade de vida sexual saudável e o uso de preservativos, são formas para se conviver com baixos riscos de adquirir DST e manter relações sexuais seguras e satisfatórias. As pessoas sexualmente ativas, independente da idade, devem estar atentas para quaisquer alterações que possam ocorrer relacionadas á sua vida sexual.

As DST podem ser essenciais, frequentes ou eventualmente transmitidas pelo ato sexual. Dentre elas destacamos as lesões produzidas pelo HPV (Human papillomavirus) e as uretrites por Clamydia, por serem muito comuns, apresentarem alto poder de contágio e podem inicialmente não manifestar sintomas. Consideradas graves existem a AIDS, alguns tipos de hepatite e a sífilis.

A conduta adequada do médico e do paciente é muito importante para o tratamento e controle das DST. Por um lado, o trabalho do médico consiste em interromper a transmissão através do diagnostico precoce, de instituir rapidamente o tratamento e detectar parceiros assintomáticos. Por outro, não menos importante é a colaboração do paciente, não demonstrando receio de consultar um médico, não fazer uso de automedicação ou orientação de leigos e não ter vergonha de dialogar com parceiro (a).

Finalmente, vale a pena lembrar que as DST são enfermidades de elevado significado social e econômico, cujo controle depende da educação sexual de todos e do uso rotineiro dos meios de prevenção. Educação sexual e prevenção de DST são fatores importantíssimos para uma boa qualidade de vida.

Arakén Almeida
Urologista e professor de Urologia da UPE

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