sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Programação cultural marca os sete anos do IRB




O Instituto Ricardo Brennand comemora seu sétimo aniversário neste sábado(12), com ações em todos os segmentos culturais, que tem início em sua data inaugural e prosseguem durante todo o mês de setembro. Palestra sobre gestão cultural, sessão de cinema, apresentações teatral e de dança, além do tradicional concerto ao ar livre, da Orquestra Sinfônica do Recife, integram a programação festiva.


Nestes sete anos, o IRB tem muito o que comemorar. Localizado na Várzea, a 14 Km do centro do Recife, o complexo cultural se destaca por oferecer um serviço diferente e que é a menina dos olhos do industrial e idealizador do espaço Ricardo Brennand: a ação educativa. Quatorze arte-educadores e dezoito voluntários que integram este setor movimentam visitas monitoradas ao acervo para escolas públicas e privadas locais e de outros estados, de terça à sexta-feira e, nos finais de semana, atende o público espontâneo. “É maravilhoso podermos receber cerca de 250 estudantes por dia. Muitos destes alunos estão pisando pela primeira vez num museu e ficam encantados. É muito gratificante poder propiciar esta oportunidade as crianças, muitas delas, carentes”, diz orgulhoso o fundador do espaço Ricardo Brennand.

O IRB já se consolidou como o mais importante centro- cultural do Norte-Nordeste, ao atingir a marca de mais de um milhão e duzentos mil visitantes e figura entre os quatro museus mais freqüentados do Brasil. Com uma média anual em torno de 172 mil visitantes, o IRB se equipara, a importantes museus brasileiros como o MASP e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, que recebem por ano, respectivamente, cerca de 230 mil e 210 mil e o Museu da Inconfidência de Ouro Preto, com público anual em torno de 100 mil.

Idealizado pelo empresário e colecionador, Ricardo Brennand, o complexo cultural reúne em 30 mil metros quadrados, do secular Engenho São João da Várzea, inúmeras obras de arte adquiridas durante mais de 60 anos de colecionismo e distribuídas em espaços como o Castelo São João, Pinacoteca, Biblioteca, Parque de Esculturas e Jardins. Recentemente, Ricardo Brenannd adquiriu um coreto indiano que está sendo instalado no lago, na entrada do complexo cultural. Oito novas estátuas em mármore, que representam as quatro estações, se juntaram a tantas outras esculturas e foram colocadas em frente à cafeteria do IRB.

Ao cruzar a Alameda Antônio Brennand, na Várzea, os visitantes se deparam, ainda no jardim do complexo cultural, com obras de artistas famosos como Fernando Botero, Sônia Eblig e Auguste Rodin, entre outros. Ao entrar na Pinacoteca, são recepcionados no foyer, por obras de arte sacra e esculturas neoclássicas e de arte decó, além de um piano do século XIX.

Na pinacoteca o grande destaque são as obras do pintor holandês Frans Post. Apesar de possuir 20 telas do holandês, atualmente, apenas 18 obras se encontram expostas e retratam todas as fases do artista (1612-1680). A coleção do IRB conserva hoje em nosso Estado, 10% de toda a produção conhecida de Post. Objetos e gravuras do Brasil Holandês (1630-1654), centenas de pinturas e gravuras retratando a paisagem brasileira dos séculos XVIII e XIX, mobiliário e belas esculturas como a do italiano Antônio Frilli, que retrata com perfeição mulher nua deitada em rede. Também podem ser conferidas no espaço expositivo. O local abriga ainda, em uma sala anexa, 48 esculturas em cera, que compõem o Julgamento de Nicolau Fouquet, Superintendente de Finanças ordinárias e extraordinárias do governo do rei Luís XIV, o rei Sol.

No Castelo São João, os visitantes conferem a maior coleção de armas brancas, no mundo, nas mãos de um colecionador particular. São mais de 3 mil peças entre armaduras, espadas, adagas, armaria, tapeçaria, quadros, objetos, entre outros, que representam históricos testemunhais das artes da guerra e caça, em seis séculos.

O complexo cultural possui uma biblioteca com mais de 50 mil títulos, entre documentos, livros, partituras, periódicos, discos, mapas e folhetos focados na História do Brasil Holandês, Arte, Arquitetura, Armaria Medieval e Literatura. Cerca de 70 % do acervo da biblioteca já está catalogado.

O acervo abriga cerca de mil partituras de autores nacionais e estrangeiros e apesar de ainda não está aberta ao público recebe, mediante agendamento, alunos, professores e pesquisadores nacionais e internacionais. Dentre as obras, podemos destacar as partituras do padre Jaime Cavalcanti Diniz, pernambucano de Água Preta,fundador, professor e coordenador do curso de música da Escola de Belas Artes da UFPE. Com mais de 350 compositores identificados, o material traz pérolas de Nelson Ferreira e Capiba e partituras com marchas, valsa, fox-trot e frevo canção. A biblioteca disponibiliza também coleções especiais como: Brasiliana, Gilberto Freyre, Gileno de Carli, Rui Barbosa,Viajantes do Brasil, entre outras preciosidades. “ La Geografia”, de Cláudio Ptolomeu, datada de 1564, é o exemplar mais antigo do acervo. Escrito em italiano, o livro é ilustrado por mapas que retratam até animais.

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